Uma multidão tomou a orla da Barra, em Salvador, neste domingo (14), para celebrar o 22º Orgulho LGBT+ Bahia. O desfile, que percorreu do Farol da Barra até o Clube Espanhol, reforçou a luta por direitos humanos, dignidade e visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+. A abertura oficial aconteceu no trio do Grupo Gay da Bahia (GGB), com discursos de autoridades e coroação das madrinhas Ângela Guimarães e Leonora Áquilla e do padrinho Júlio César Habib. Em seguida, dez trios seguiram em cortejo pela orla, animando o público com música, performances e mensagens de luta.
O tema deste ano, “Envelhecer Sem Vergonha. Com Orgulho!”, chamou atenção para os desafios enfrentados pela população LGBTQIAPN+ idosa, ainda alvo de preconceito e invisibilidade social. O ato buscou reafirmar que o direito a uma vida plena, digna e respeitosa deve ser garantido em todas as fases da vida. A reflexão mobilizou jovens e idosos em um mesmo espaço de resistência e afeto.
O Palco da Diversidade, instalado no Farol da Barra e batizado nesta edição de Luiz Mott 80+, prestou homenagem ao fundador do GGB e decano do movimento LGBT+ no Brasil. Uma das performances mais marcantes foi a dos artistas transformistas 60+, que celebraram a memória da drag Divina Aloma com um repertório especial inspirado no grupo As Frenéticas, ícone da disco music brasileira. O evento contou ainda com um módulo da Secretaria Municipal da Saúde com testagens rápidas e distribuição gratuita de insumos de prevenção.
Representantes da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil e de organizações internacionais estiveram presentes no evento para fortalecer a luta por direitos e também estimular o turismo. Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, avaliou a edição como um marco: “Mais do que um desfile, este é um ato político e cultural que reafirma nossa resistência. O tema deste ano é um convite à sociedade para refletir sobre o direito de envelhecer com orgulho e sem discriminação”.
Realizado pelo Grupo Gay da Bahia, o 22º Orgulho LGBT+ Bahia contou com patrocínio do Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador, Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil e InterPride. Mais uma vez, a parada mostrou que Salvador é palco de resistência, celebração e construção de futuros mais igualitários.
