A técnica de criopreservação de gametas é indicada, em alguns casos, para pacientes que vão se submeter a tratamentos oncológicos que podem comprometer a capacidade reprodutiva
Mais de 71 mil brasileiros devem ser diagnosticados com câncer de próstata em 2024, de acordo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Em alguns casos, o tratamento da doença pode causar outro problema: a infertilidade. Para pacientes que vão se submeter ao tratamento oncológico e ainda planejam ter filhos, a preservação de fertilidade através do congelamento do sêmen é uma alternativa. A técnica de criopreservação dos espermatozoides permite que os mesmos, ao serem descongelados, no futuro, possibilitem a paternidade através da inseminação artificial ou Fertilização in Vitro.
A médica Gérsia Viana, especialista em Reprodução Humana e diretora do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, lembra que o câncer de próstata não causa infertilidade, mas que os tratamentos de quimioterapia e radioterapia podem afetar a quantidade e a qualidade do sêmen, comprometendo a capacidade reprodutiva do homem, de forma temporária ou irreversível. “Antes do início do tratamento oncológico, é importante que o paciente seja orientado e decida, com a equipe médica, sobre a importância da preservação da fertilidade”, destaca. A recomendação é que esse paciente busque um serviço especializado em reprodução assistida para realizar o congelamento do seu sêmen.
Além da indicação para pacientes oncológicos, a técnica de preservação de fertilidade também é indicada para homens que decidem fazer vasectomia, mas querem, de alguma forma, manter a possibilidade de paternidade no futuro, homens que trabalham expostos a agentes químicos tóxicos e até mesmo por conta do avanço da idade. “Embora o fator idade não seja tão implacável para o homem como é para mulher, a produção e a qualidade dos espermatozoides também caem progressivamente a partir dos 45 anos e a preservação da fertilidade pode ser uma forma de manter sua capacidade reprodutiva nos casos em que existe ainda essa vontade por parte do homem”, afirma a especialista.
O ideal é que o congelamento de sêmen seja realizado até os 45 anos de idade para garantir a qualidade do material genético.
Fertilização in Vitro
Nos casos em que o paciente diagnosticado com câncer de próstata precisa se submeter a uma prostatectomia radical, cirurgia para retirada completa da próstata e das vesículas seminais, o homem torna-se infértil, pois o procedimento cirúrgico interrompe a ligação entre os testículos (onde o esperma é produzido) e a uretra. “Nesses casos, o homem perde a capacidade de reproduzir naturalmente e a técnica de Fertilização in Vitro (FIV) é a opção mais indicada para que ele, no futuro, após o tratamento oncológico, consiga ter filhos”, explica Gérsia.
Técnica de reprodução assistida, a FIV realiza a fecundação do óvulo pelo espermatozoide em laboratório (in vitro) para posterior implantação do embrião no útero da futura mãe. Os gametas femininos e masculinos são previamente coletados e selecionados antes da fertilização.
Sobre o Cenafert
Com sede no bairro de Ondina, em Salvador, o Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, inaugurado há 22 anos, é uma clínica especializada em reprodução assistida e tem como missão garantir uma atenção integral e humanizada a pessoas que sonham em ter filhos. Ao longo de sua atuação, a clínica já contabiliza mais de 3.500 bebês nascidos através das diversas técnicas de reprodução assistida.
O laboratório de reprodução assistida do Cenafert oferece tecnologia de ponta para a realização dos procedimentos com eficácia e segurança. O paciente infértil conta com o suporte de uma equipe médica multidisciplinar, experiente e qualificada, e com serviços que vão desde o atendimento de casos mais simples – solucionados com tratamento de menor complexidade – até aqueles que exigem o emprego de técnicas avançadas no campo da reprodução assistida.
O Cenafert faz parte do Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida da América Latina.
Mais informações no site https://cenafert.com.br/
Carol Campos
Assessoria de Imprensa