Coletivo comandado por Ubiratan Marques apresenta a sinfonia “Ó Abre Alas Que Eu Quero Sambar” na abertura do dia 5
A participação da Orquestra Afrosinfônica é um dos pontos altos da segunda fase do FEMADUM 2025, que acontece de 5 a 7 de dezembro, no Pelourinho, em Salvador. A apresentação ocorre na sexta-feira, 5, logo após o cortejo do Batuque Obirim – Mulheres de Tambor e as performances de grupos femininos de percussão. O festival é realizado pelo Olodum e homenageia Chiquinha Gonzaga e Tia Ciata, celebrando a mulher negra na música brasileira.
Sob a direção do maestro Ubiratan Marques, a Orquestra Afrosinfônica leva ao público a sinfonia “Ó Abre Alas Que Eu Quero Sambar”, criada para o FEMADUM como tributo às matriarcas que moldaram a música brasileira. O concerto tem participação da cantora Ayana Amorim e apresenta também um tributo à Dama do Samba na Bahia, Gal do Beco. O repertório dialoga com a diáspora africana, com tradições de terreiro e com a pesquisa em idiomas como iorubá, mucubal, quimbundo e quicongo, conectando vozes e instrumentos em uma linguagem própria, definida pelo maestro como “afrosinfônica”.
Criada em novembro de 2009, a Orquestra é formada por 23 músicos e estruturada por piano, sopros, percussão, contrabaixos e um coro de vozes femininas inspirado nos terreiros de candomblé e no cancioneiro popular. O grupo se dedica à investigação de repertórios de matriz africana e das expressões orais brasileiras, produzindo obras que colocam em evidência a força cultural da diáspora no país. Entre os trabalhos já lançados estão o álbum “Branco” (2015) e “ORIN – A Língua dos Anjos” (2021), indicado ao Latin Grammy.
A participação no FEMADUM reforça a centralidade da Orquestra Afrosinfônica na celebração da música afro-baiana contemporânea, ampliando a potência do festival e dialogando diretamente com o tema desta edição. O concerto do dia 5 marca a abertura artística da segunda fase e prepara o público para a programação intensa que segue até o dia 7, com final do Festival de Músicas, shows, cortejos e encontros percussivos.
Criado pelo Bloco Afro Olodum, o FEMADUM continua se consolidando como o maior festival de música afro-latino-americano organizado por uma entidade civil, reunindo arte, formação e criação musical no coração do Centro Histórico.
Assessoria de Comunicação da Banda, Bloco e Escola Olodum – LABORATÓRIO DA NOTÍCIA
Credito da Foto – Pedro Soares
