Projeto debate tema através de oficinas práticas que mostram as barreiras físicas, comunicacionais, estruturais e atitudinais em equipamentos culturais da cidade
A acessibilidade em espaços culturais é um tema central para a inclusão e a democratização do acesso à arte e à cultura. Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que cerca de 15% da população mundial vive com algum tipo de deficiência, o que representa mais de um bilhão de pessoas que podem enfrentar barreiras para participar plenamente da vida cultural. No Brasil, a Constituição Federal garante o direito ao acesso à cultura para todos, mas, na prática, muitos ainda encontram obstáculos para consumir conteúdos em museus, teatros, cinemas e outros ambientes culturais

É nesse contexto, que o projeto Circuito Filmes que Voam! atua com a missão de democratizar o acesso à cultura e estimular a inclusão no audiovisual e em espaços culturais. Em uma de suas iniciativas, o projeto realizou uma série de oficinas gratuitas dedicadas à acessibilidade em espaços culturais, conduzida pela especialista Ira Vilaronga. Com o tema “Acessibilizando Espaços Culturais”, a atividade aconteceu na Casa da Música (Itapuã), no Cine Teatro Solar Boa Vista (Brotas), no Cine Teatro Lauro de Freitas e no Espaço Cultural Alagados (Uruguai),

A oficina foi aberta ao público e atraiu participantes interessados em promover ambientes culturais mais inclusivos. Durante a oficina, foram apresentados conceitos, princípios e diretrizes básicas de acessibilidade, com abordagem de recursos como audiodescrição, legendas para surdos e ensurdecidos, orientação e mobilidade. Os participantes discutiram ainda a importância do trabalho em equipe para a promoção de espaços culturais acessíveis.
“A ideia é dialogar sobre superação de barreiras físicas, comunicacionais, estruturais e atitudinais, através de exercícios práticos, estimulando a reflexão e a aplicação dos conhecimentos em situações reais. Precisamos falar sobre práticas de orientação e mobilidade, elaboração de descrições acessíveis e avaliação coletiva das produções desenvolvidas”, ressalta a especialista Ira Vilaronga.
A iniciativa do projeto é ressaltar a importância do tema e sensibilizar agentes culturais, poder público e comunidade em geral sobre a urgência de conteúdos e mais processos formativos de pessoas e adaptação de equipamentos culturais mais acessíveis. O projeto continua com atividades formativas e de exibição de filmes até outubro. Idealizado pela produtora e distribuidora Borboleta Filmes, o projeto tem como missão promover a circulação de obras audiovisuais nacionais, debates e formações, usando o cinema como ferramenta de transformação social.
O projeto Circuito Filmes que Voam foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e contou com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura, via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. A Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para efetivar ações emergenciais de apoio ao setor cultural, conforme a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.