Após sessão em Santo Amaro, longa chega em Cachoeira, Camaçari, Nazaré das Farinhas e Vera Cruz com a presença da diretora Liliane Mutti, a produtora Fabíola Aquino (Toca Filmes) e o Babalorixá Pai Pote
No ano do Brasil na França, a Bahia participa com ações de internacionalização e interiorização do cinema baiano entre os dois países, que completam 200 anos de relações bilaterais. Durante todo o mês de agosto, a Fundação Cultural do Estado, unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado, leva o filme baiano Madeleine à Paris, de Liliane Mutti, para cinco cidades do interior: Santo Amaro, Cachoeira, Camaçari, Nazaré das Farinhas e Vera Cruz, valorizando os espaços de cinemas locais, Pontos de Cultura, auditórios universitários e outros espaços públicos.

O filme “Madeleine à Paris” retrata a trajetória do artista baiano Roberto Chaves, criador da “Lavagem da Madeleine”, maior representação da cultura baiana e afro-brasileira em terras francesas. Revela, ainda, os bastidores dos 23 anos da Lavagem. O filme é um registro etnográfico e uma celebração da persistência cultural em terras estrangeiras, a partir de uma abordagem documental que explora as camadas de identidade, saudade e resistência, revelando como as tradições baianas encontram novo significado em um contexto europeu.

Com foco no fortalecimento dos cinemas de rua, as sessões de “Madeleine à Paris” terão debates com a equipe do filme, e as presenças da diretora Liliane Mutti, da produtora Fabíola Aquino (Toca Filmes, detentora exclusiva dos direitos da obra) e do Babalorixá Pai Pote, liderança religiosa do Recôncavo da Bahia, fundador do Ilê Axé Ojú Onirê, presidente do Bembé do Mercado e irmão de Roberto Chaves.

Escolhida para estreia da ação, Santo Amaro recebeu a primeira sessão do filme, dia 1º de agosto, dentro da programação oficial do Sabejé, tradição que simboliza a visita do orixá Omolu à cidade. Durante a festividade, um cortejo pelas ruas da cidade levou o balaio de pipoca até a população e turistas, em um momento de devoção, cura e renovação, elementos que compõem a rica cultura afro-baiana, tema central do filme Madeleine à Paris. A exibição aconteceu no Terreiro de Candomblé Ilê Axé Oju Onirê. A próxima parada será em Cachoeira, dia 16 de agosto, na Sede da Irmandade da Boa Morte, às 15h.

Convite “à moda antiga” mobiliza cinema gratuito ao Recôncavo Baiano, durante a Festa da Irmandade da Boa Morte
Em tempos de hiperconexão e algoritmos, uma ação inclusiva tem encantado e atraído o público para o cinema baiano. O filme Madeleine à Paris, de Liliane Mutti, está convidando o público pelas ruas de Cachoeira por meio de um carro de som, em mais uma ação de terreiro de portas abertas. A proposta é chamar a população para aproveitar a sessão de cinema gratuita, que acontece nesse sábado, dia 16/08, na cidade. A festa deste ano está sendo ainda mais aguardada, pois promete a presença da primeira dama Janja da Silva e da ministra da cultura, Margareth Menezes.

Cinema Bahia-Europa
Essa coprodução internacional, que reúne arquivos de 23 anos do desfile afro-brasileiro em Paris, conta com o selo do Instituto Francês e Instituto Guimarães Rosa para circulação no Brasil e na França, através do projeto Trois Regards.
Ainda nas comemorações das duas décadas desde a primeira edição do Ano do Brasil na França e da França no Brasil, a circulação do filme ocorrerá também em Paris, no dia 12 de setembro.
O longa-metragem tem sido selecionado em importantes festivais internacionais, notadamente a Mostra SP e o Festival do Cinema Brasileiro de Bordeaux e Paris, onde teve sala lotada no prestigiado cinema L’Arlequin, e no Festival Inffinito de Nova Iorque. O filme foi exibido no mês de setembro de 2024 na Embaixada Brasileira da França, com a presença da embaixadora do Brasil na UNESCO e ficou em cartaz em sete cidades brasileiras nos meses de fevereiro e março de 2025.
SINOPSE
Durante o dia, Robertinho é o orixá do desfile afro-brasileiro “Lavagem da Madeleine”. À noite, ele encarna o Arlequim do Cabaré Paraíso Latino na capital francesa. Esse brasileiro queer, nascido na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, filho de santo no Candomblé, há mais de 20 anos reúne cerca de 60 mil pessoas para lavar as escadarias da igreja da Madeleine de Paris. Transitando entre o sagrado e o profano, entre o masculino e o feminino, esses dois mundos estão prestes a se cruzarem.
A circulação do filme Madeleine à Paris é realizada em parceria com a Distribuidora Bretz Filmes e a produtora associada Obá Cacauê Produções.
PROGRAMAÇÃO
Aberta ao público, sujeita à lotação dos espaços
Santo Amaro – 01/08 | Terreiro Ilê Axé Ojú Onirê (OK)
Cachoeira – 16/08 |Sede da Irmandade da Boa Morte, às 15h
Camaçari – 26/08 |Teatro Alberto Martins, às 15h
Nazaré das Farinhas – 22/08 | Cine Teatro Rio Branco, às 15h
Vera Cruz – 27/08 | Complexo Cultural